quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Que pena..." ou "valeu a pena"?¹


Penso que valeu a pena cada momento de luta e conquista que o evento "Ver Psicologia" proporcionou. Quando valorizamos o aprendizado, parece que até os sacrifícios se tornam prazerosos... parece que o amor é uma componente imprescindível na produção intelectual, na construção científica. Arrisco afirmar que em nada teríamos avançado se não houvessem pessoas com amor pelo conhecimento suficiente para levantar esse monumento que é a Ciência. É, pois, assim que, como Segundo Secretário, posso afirmar que para aqueles que se empenharam, se superaram, colocaram as mãos na massa, valeu muito a pena. Foi aprendizado, foi diversão, foi conhecer-se mais, conhecer mais a profissão de psicólogo/psicóloga, conhecer mais os colegas estudantes. Foi acréscimo, sem o mínimo de dúvida! Mas resta algo... há quem tenha que pronunciar a frase "que pena...". Aqueles que, obviamente, não se permitiram manusear a massa do conhecimento, que não aprenderam a amar o conhecer (uma pena...), que não viram possibilidade de se divertir com essa luta prazerosa: Que pena! Fico triste por este lado, mas divirto-me ao saber que cada um segue o caminho que mais condiz com a sua personalidade, com o seu perfil, com o conteúdo de sua psique. Para nós, desejo sucesso em tudo que pormos as mãos, que nosso esforço seja reconhecido, que nosso trabalho seja valorizado... mas que, acima de tudo, façamo-nos por merecer.

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¹Estes termos foram retirados da peça teatral "Culto a Baco", que foi apresentada pelo grupo TRIBO, de Buerarema, Bahia, onde, ao final da apresentação dos atores, a platéia era convocada. Aquele que segurava uma pena deveria recitar um poema, mas antes era necessário responder: "uma pena ou vale a pena?"

Um comentário:

Grupo de Estudos Aplicados à Psicanálise disse...

Sabemos que a construção do conhecimento é algo paradoxial um misto de e gozo. Agora só nos resta saber até que ponto "vale a pena" ou se no no fim de tudo diremos "foi uma pena". Valeu!