quarta-feira, 30 de julho de 2008

Defesa do Ambiente como Principal Fator de Constituição da Personalidade

De acordo com as discussões travadas até o momento no GEAPsi, a interação Genética + Ambiente, usando as palavras de um membro do grupo, se dá numa relação de 50% para cada fator supracitado. Como o colega Gênesson Honorato nos mostrou em sua última postagem, através da metáfora utilizada das fôrmas (representando os aspectos Genéticos) e do suco (aspectos Ambientais) que preenche as fôrmas, um fator não pode existir sem o outro. Entretanto, sou um estudante que se atreve a dar maior ênfase ao Ambiente como um fator de maior relevância na interação aqui discutida.
Mas como se pode defender um ponto de vista destes? Bem, de início, é importante frisar que o temperamento possui sim a possibilidade de mudar. É só considerarmos eventos traumáticos. Um evento pode adquirir força tamanha, aplicando uma espécie de choque na massa encefálica, alterando a configuração neuronal, modificando a percepção da realidade e, por conseguinte, a psiqué, a personalidade do indivíduo. Se um evento externo, traumático, pode modificar a organização configuracional da rede neural, acredito que podemos admitir uma mudança na ação genética.
Como se dá uma modificação destas? Os genes atuam no comportamento humano por que eles são responsáveis pela produção de proteínas que acabam por se dividir em funções diversas. Muitos neurotransmissores surgem de precursores da proteína, segundo Michael W. King. Se temos capacidade de mudar a configuração neural, podemos muito bem mudar a produção de neurotransmissores. Imaginemos o controle de produção do neurotransmissor responsável pela ansiedade. É o controle de um comportamento originado geneticamente. É o Ambiente controlando a Genética. Convenhamos, Freud já assinalou que no humano não há instinto, mas pulsões. Justamente por que existem aspectos da motivação humana que perpassam informações vindas do Ambiente e que adquirem coloração diferenciada. Ou, do contrário, agiríamos sempre de forma descontextualizada.
Já que a proposta é discussão, fico por aqui; com a intensão de provocar ainda mais a exposição do conhecimento pelos colegas e membros do GEAPsi - Grupo de Estudos Aplicados à Psicologia.
João Lins
Segundo Secretário

terça-feira, 29 de julho de 2008

Personalidade: discussão sobre a relação Genética + Ambiente


O aprofundamento no estudo da personalidade levou-nos a uma discussão interessantíssima a respeito da sua formação. Isso porque, ao delinear quais seriam os principais elementos formadores da personalidade – Genética + Ambiente – nos deparamos com um dilema no que se refere à hegemonia deste ou daquele fator. Como se pode observar no texto abaixo a dúvida advém da seguinte pergunta: É a genética ou o meio que tem maior importância na formação da personalidade? Diante desta pergunta, e, levando em consideração nossas discussões ingrupo, proponho uma reflexão. Imaginemos que o ambiente seja um líqüido – um suco por exemplo – e que a genética seja uma forminha com formas variadas. Nesta fôrma – genética – estão as possíveis “formas” que se pode conseguir com o suco – ambiente. Vamos agora preencher a fôrma com o suco e levá-la ao congelador. Após congelamento, temos como resultado a combinação líqüido + fôrma, que por sua vez dá origem a formas variadas. Então, sabendo-se que o temperamento é formado desde a gestação até os primeiros meses de vida, e que este corresponde à parte genética da personalidade; e, sabendo também, que o caráter é formado pelo meio, e, diferente da genética, é passível de transformação temos:

Fi+Fm = P

Onde:

Fi= Fator imutável(Temperamento)

+

Fm= Fator mutável(Caráter) =

P= Personalidade

A genética traz consigo formas inalteráveis. Portanto o ambiente influencia até onde a genética permitir, não podendo este – o ambiente – modificar o temperamento – genética. Em suma, só haverá as formas que estiverem pré-dispostas na fôrma - genética. Por exemplo: se não há na fôrma o desenho de uma estrela, obviamente não se poderá obter uma estrela, e assim sucessivamente. Então, se há uma pessoa calma em um ambiente agitado, e, uma pessoa agitada num ambiente tranqüilo é porque o fator genético não permitiu que o ambiente atuasse de maneira a moldar o indivíduo ao seu jeito. [continua...]

Esperamos que com esse exemplo tenhamos podido explicar de modo satisfatório o que estamos construindo acerca da relação Genética + Ambiente. Esperamos estar indo na direção certa, caso não estejamos, estamos prontos para recomeçar. Para saber se estamos ou não na direção correta precisamos de sua opinião. COMENTE!!

Gênesson Honorato
Primeiro Presidente

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Personalidade: Discussões Outras

Dando continuidade aos avanços teóricos frutos de discussões elaboradas ainda no primeiro encontro e somados ao segundo, afirma-se a necessidade ímpar de levar em conta a interação entre fatores Genéticos e Ambientais para a compreensão do fenômeno humano. Cabe, aqui, ainda, a diferenciação da concepção leiga da científica. Vejamos: o leigo costuma falar de "grandes personalidades" enfocando aspectos isolados da Personalidade, construindo juízos de valor sobre o indivíduo. Este foco se realiza, comumente - como fora discutido no segundo e terceiro encontros do GEAPsi -, dando ênfase a algum aspecto do caráter (estrutura mutável da Personalidade). Assim, toma-se a parte pelo todo, minimizando a compreensão do indivíduo. Entretanto, a Psicologia - ou seria "Psicologias"? - conseguiu isolar os aspectos estruturais básicos da Personalidade enfocando o Temperamento - como aquele que faz relação direta ao orgânico, biológico, genético - e o Caráter - como aquele que é mutável, construído socialmente. Porém é-nos necessário dizer que o Temperamento também é passível de mudança, mais lenta, é verdade, mas considera-se algo possível e que abrange questões de cunho mais profundo, uma vez que leva em consideração a mudança real de aspectos biológicos. Mas essas questões merecem aprofundamento antes que se publique algo a respeito.


João Lins
Segundo Secretário

terça-feira, 22 de julho de 2008

Música tema de Weeds (Série da SHOWTIME)

VEJA COMO SOMOS "IGUAIS" SEM NOS DAR CONTA. ONDE SE APOIA A PERSONALIDADE? (Leia o texto, veja o vídeo e comente!!)

Caixinhas na encosta do morro,
Caixinhas feitas de ticky-tacky,
Caixinhas na encosta do morro,
Caixinhas todas iguais.

Há uma verde e uma cor-de-rosa,
E uma azul e uma amarela,
Todas elas feitas de ticky-tacky
E todas tão parecidas.

E as pessoas nas casas...
Todas vão a Universidade,
E todas elas foram encaixotadas,
E todas elas revelaram-se.

E há médicos e advogados,
E executivos,
E todos eles foram feitos de ticky-tacky
E todos eles revelaram-se tão parecidos.


segunda-feira, 21 de julho de 2008

Personalidade: Discussões Preliminares




No primeiro encontro do GEAPsi, uma controvérsia foi posta em evidência: A Personalidade é fruto do Natural/Genética ou do Ambiente/Meio Social? Após longas conversas e argumentações de ambos os lados, uma proposta foi levantada. Poderemos entender melhor o humano se o encararmos como um ser total. Em outros termos, uma noção sistêmica do Ser Humano é a forma mais completa que temos para encarar esse fenômeno extremamamente complexo que é o comportamento humano e sua base subjetiva. Note-se que esta é uma discussão introdutória, uma vez que não poderíamos dar prosseguimento a uma discussão deste nível sem construir um substrato sólido. A imagem escolhida para ilustrar esta postagem se baseia nesta noção de todo que podemos - e prosseguiremos neste intento - usar como mola-mestra para nossa construção teórico-prática de estudantes de Psicologia/Formação de Psicólogo ou Psicóloga. Mas o que significa essa concepção do humano? É entendê-lo como fruto da interação entre Genética e Ambiente. Usando uma alegoria vinda após as discussões, é vê-lo como uma sala escura que possui um interruptor(aspecto fixo, genético) e que posso ou não ligá-lo(fatores ambientais presentes ou ausentes). Assim, o ambiente vem como ativador de uma tal possibildade genética. Mas continuo na dúvida: Se o ambiente é quem ativa o genético - no humano - o que é mais importante nesta relação?


João Lins
Segundo Secretário

Por que Personalidade?

Muitos dos membros do grupo são estudantes de Psicologia (temos também estudante de Filosofia, Teologia e Marketing). Aqueles, da Psicologia, sentiram a existência de uma fenda no tocante à personalidade, a presença de uma ausência de conteúdo nesta área. Partindo desta falta firmou-se o compromisso (depois de discussão entre todos os membros) de estudar no semestre 2008.2 a Personalidade. Assim, temos;

- Objetivo Geral

Compreender a aplicabilidade do conceito de personalidade na clínica.

- Objetivos Específicos

- Identificar o conceito de personalidade;

- Identificar a estrutura da personalidade;

- Identificar a personalidade nas diversas abordagens teóricas (TCC, Psicanálise, Sócio-Histórica);

- Personalidade e clínica (dentro das abordagens: TCC, Psicanálise, Sócio-histórica e outros).

E agora?



Realizado o sonho da formação do grupo de estudos, surgiram dúvidas no que se referia à dinâmica de funcionamento das atividades. O que fazer? Estudar temas variados a cada reunião? Estudar um tema por ano? Ou estudar um tema por semestre? Essas e outras dúvidas vieram devido à inexperiência com relação à formação de um grupo de estudos. Depois de muita deliberação, o GEAPsi – Grupo de Estudos Aplicados à Psicologia, decidiu por estudar um tema por semestre e elegeu a Personalidade como ponto de partida das atividades.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Um Grito de Realização!!!


A cada etapa que passamos dentro do curso de Psicologia, percebemos quão complexo e vasto é o campo de estudo da psique humana. Esta afirmativa sustenta-se no número extenso de possibilidades do sujeito diante da realidade. A mente humana, dotada de uma universalidade ímpar, faz-nos sentir pequenos e inábeis para lidar com uma ciência que se propõe a dar conta dessas variáveis.
Diante da realidade que se apresenta, e, tendo em vista a busca sempre mais completa e genérica de tais teorias que abarcam o estudo da mente humana, que no dia 06 de junho de 2008, durante a IV Jornada de Psicanálise realizada no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, alunos do curso de Psicologia – estando estes no V semestre – decidiram corajosamente pôr em prática um sonho que, há um bom tempo, fazia-se presente em suas mentes: criar um grupo de estudos em Psicologia.
Este grupo se funda na implacável necessidade de constituição rica de um profissional psicólogo. Tal riqueza deve-se pôr em paralelo à complexidade do fenômeno humano; do contrário, pouco se pode fazer nesta ciência. Parece-nos que um aporte teórico profundo é fruto de profundas discussões, fluindo para uma forte base de trabalho do profissional. É, pois, sobre esta crença, que se constrói este grupo de estudos.
Convidamos os colegas interessados a fazer parte de um grupo que não tem como meta a obtenção da tão buscada “NOTA”. Mas sim, em busca de algo muito mais saboroso e convidativo, o CONHECIMENTO, tão valorizado na sociedade contemporânea. A busca do conhecimento é, em linhas gerais, o caminho mais curto para o êxito profissional, a porta estreita que nos leva à glória.

Venha com a gente!!!
Você é nosso convidado.