terça-feira, 29 de julho de 2008

Personalidade: discussão sobre a relação Genética + Ambiente


O aprofundamento no estudo da personalidade levou-nos a uma discussão interessantíssima a respeito da sua formação. Isso porque, ao delinear quais seriam os principais elementos formadores da personalidade – Genética + Ambiente – nos deparamos com um dilema no que se refere à hegemonia deste ou daquele fator. Como se pode observar no texto abaixo a dúvida advém da seguinte pergunta: É a genética ou o meio que tem maior importância na formação da personalidade? Diante desta pergunta, e, levando em consideração nossas discussões ingrupo, proponho uma reflexão. Imaginemos que o ambiente seja um líqüido – um suco por exemplo – e que a genética seja uma forminha com formas variadas. Nesta fôrma – genética – estão as possíveis “formas” que se pode conseguir com o suco – ambiente. Vamos agora preencher a fôrma com o suco e levá-la ao congelador. Após congelamento, temos como resultado a combinação líqüido + fôrma, que por sua vez dá origem a formas variadas. Então, sabendo-se que o temperamento é formado desde a gestação até os primeiros meses de vida, e que este corresponde à parte genética da personalidade; e, sabendo também, que o caráter é formado pelo meio, e, diferente da genética, é passível de transformação temos:

Fi+Fm = P

Onde:

Fi= Fator imutável(Temperamento)

+

Fm= Fator mutável(Caráter) =

P= Personalidade

A genética traz consigo formas inalteráveis. Portanto o ambiente influencia até onde a genética permitir, não podendo este – o ambiente – modificar o temperamento – genética. Em suma, só haverá as formas que estiverem pré-dispostas na fôrma - genética. Por exemplo: se não há na fôrma o desenho de uma estrela, obviamente não se poderá obter uma estrela, e assim sucessivamente. Então, se há uma pessoa calma em um ambiente agitado, e, uma pessoa agitada num ambiente tranqüilo é porque o fator genético não permitiu que o ambiente atuasse de maneira a moldar o indivíduo ao seu jeito. [continua...]

Esperamos que com esse exemplo tenhamos podido explicar de modo satisfatório o que estamos construindo acerca da relação Genética + Ambiente. Esperamos estar indo na direção certa, caso não estejamos, estamos prontos para recomeçar. Para saber se estamos ou não na direção correta precisamos de sua opinião. COMENTE!!

Gênesson Honorato
Primeiro Presidente

3 comentários:

blogger disse...

É mais um questionamento.

Então... por exemplo vc conhece o comportamento de uma pessoa há muito tempo e por alguns acontecimento na vida desse individuo vc dezacredita que aquela pessoa tenha mudado aponto de ser de outra forma.... essa alteração se deu por conta do meio?...pois a genética já está formada?...e a genética permitiria uma mudança tão brusca?
já Grata....
Geaneide.

Anônimo disse...

A propósito, se dissermos que o ambiente tem seu valor como fator de influência, como então poderemos dizer que uma vez formado o temperamento (genético)ele não poderá ser alterado, como no exemplo da fôrma. Penso que seja uma afirmação reducionista e finalista, quanto a isto necessitamos de mais aprofundamento no que diz respeito a formação da personalidade.
Então teremos que nos perguntar, de que depende essa mudança brusca no fator biológico, pois não podemos negar que isto pode ocorrer, não por uma simples contestação, mas porque não temos subsídios concretos para fazer tal afirmativa.
Grata,
Rosineide.

Grupo de Estudos Aplicados à Psicanálise disse...

OLÁ PESSOAL.

BOM, ROSINEIDE E GEANEIDE. NOS PRÓXIMOS POSTS ESTAREMOS RESPONDENDO SEUS QUESTIONAMENTOS OK?

OBRIGADO POR PARTICIPAR DAS NOSSAS DISCUSSÕES!

GÊNESSON HONORATO